sábado, 17 de abril de 2010

Pra Recife!!!!!


Ah, minha Veneza brasileira, és a estação primeira do trem que leva o bem-cantar...

Faz brotar todo amor que é refúgio em mim

Teu Criador se agrada de ti....

Chora... que valia tem a guerra?? Entre becos e favelas, agruras mil, no teu mirar

Insurreição bendita venha se instalar

Nos arredores e praças, avenidas de qualquer lugar

Teu Redentor há de manifestar...

Que és beleza de frente pro mar, alegria de quem vem e vai...

Sem saber que teus brios vão além das euforias de tantos carnavais.

Terra de altos coqueiros e devaneios de Aurora

A “hora” tem nome de rua, porque já repousa no teu caminhar

Reproduz o som dos tambores dos negros , que hoje é de toda cor...

Alfaias bordam a manta de cultura que te envolve,

Tempos verbais; antigo, novo, presente, passado e futuro;

Já não te cabem mais, posto que não te merecem

Já não és porto,nem cais, mas destino.....

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A quem de direito......

Discorrendo esse texto, mesmo que não haja contexto, me sinto a vontade,
pois não há nada melhor que a liberdade, nem nada pior que a miséria e a fome, de luz e de pão.
Verdades que saltam aos olhos todas as horas e dias contados, no sinal , na rua, na vida, que tem sido judiada pela falta de justiça, que tem sido assolada pela impiedade, e desamor. Ainda bem que temos sopros de esperança que vem bater em nosso rosto como aquela brisa do mar. Bem que poderíamos ter o feriado da "contemplação", já que temos tantos e muitos sem razão, invento um que valha, o dia que ficaríamos parados só olhando as coisas belas e simples da vida, pode ser qualquer dia, pois todos eles são dias de ser ter uma alegria. Desacelerado, descabido , desmedido e quantos "des" for necessário pra exprimir o não transito, a não corrida e o não afã do desejo de produzir, de criar, de consumir.....
Trago comigo a saudade do que foi bom e do que virá a ser, levo comigo a lembrança das dores, amores, tetos e afetos, que fiz. Não me furtei dos erros inerentes e identidade contraditória que sou, talvez pudesse fazer diferente, não tenho medo de mudar de idéia, pois tenho coragem de raciocinar, mas o tempo não anda pra trás, nem resolve pretéritos,
presentes sim, são mutáveis e cheios de surpresa.
Como lidar com o incompreensível?? perguntas são reincidentes na mente, como por exemplo: porque não sou eu do lado de fora do carro limpando vidros?? fazendo malabarismos?nos morros que desabam todos os dias? na perda total das familias? nos terremotos e desastres?entre outras que não me recordo....
Não entendo e não vejo propósito em muitas coisas, talvez saiba um dia, ou talvez realmente o propósito seja a ação em si. Só sei que ando com o coração grato a DEUS pelos dias vividos, pelas lutas, vitórias e derrotas, pelas amizades e relacionamentos, pela vocação que me deu de levar a música a outros, por sua misericórdia renovada ciclicamente como a manhã....